Como conseguir apoio da família, cuidadores e equipe de saúde
Por que é indispensável organizar uma rede de apoio?
1. É impossível cuidar de uma pessoa com Alzheimer ou outra demência sozinho, pois ela vai precisar de companhia 24 horas por dia, 7 dias por semana.
2. O cuidado será feito por longo prazo. Você não pode usar todas as suas energias agora, pensando que o cuidado será realizado por pouco tempo.
3. Se você ficar doente ou falecer, outra pessoa precisará te substituir. E a continuidade do cuidado será muito mais tranquila, caso essa pessoa já esteja envolvida no cuidado.
4. Você precisa de tempo para descansar, cuidar da saúde, dormir, fazer compras, cuidar da casa, etc.
5. Você precisa ter alguém com quem desabafar.
Veja abaixo dicas para te ajudar a superar as principais dificuldades para conseguir estabelecer uma rede de apoio:
1 – A família não ajuda (Irmãos ou outros parentes ausentes: não se importam nem dão apoio)
Todos os membros devem estar cientes do diagnóstico, funcionalidade (o que a pessoa pode fazer sozinha com segurança e o que não pode mais), cuidados necessários e custos do cuidado.
Se algum dos membros da família tem dificuldade em enxergar a situação, você pode:
1) Envolvê-lo no cuidado. Ele precisa conviver com a pessoa doente no dia a dia para ver suas dificuldades.
2) Fazer uma lista de todas as atividades relacionadas ao cuidado ou explicar porque seu familiar precisa, por exemplo, de assistência 24 horas por dia.
3) Estimular que seu familiar participe das consultas com a equipe de saúde. Os profissionais de saúde podem falar sobre o diagnóstico de demência e sobre as necessidades de cuidado.
Veja nesse link dicas de como envolver a família: https://www.instagram.com/p/CqiLdaCAX4u/
Veja nesse link dicas para fazer uma reunião de família: https://www.instagram.com/p/CrQgxxAgikv/
2 – Apoio de Amigos (Não tenho apoio de amigos de fora da família)
A demência de Alzheimer é muito estigmatizada e muitas vezes as pessoas se sentem envergonhadas de contar sobre o diagnóstico para amigos e conhecidos.
Assim, tanto a pessoa portadora do quadro quanto a família, vão ficando sozinhas e isoladas.
Lembre-se que se você cuida sozinho de uma pessoa com demência, você também precisa de ajuda.
Quanto mais aliados você tiver nessa jornada, melhor será seu cuidado.
Então minha sugestão é pensar fora da caixa e considerar todas as possibilidades de ajuda.
Podem ser amigos, vizinhos ou conhecidos do seu familiar ou mesmo seus amigos. Lembre-se que não é só seu familiar que precisa de ajuda. Você que está cansado por conta do cuidado, também precisa de ajuda.
3 – Apoio de Cuidadores
Considere contratar cuidadores profissionais.
Converse com pessoas que também cuidam de idosos. Essas pessoas podem ser um apoio emocional e você pode aprender com as experiências delas.
Nesse curso online você pode descobrir as melhores formas de contratar e quais pontos de atenção na hora de combinar e planejar as atividades do cuidador: https://guiadocuidado.com.br/curso-cuidado-consciente/
4 – Comunidade (Para compartilhar dificuldades com outras pessoas na mesma situação)
Se você tem interesse em se juntar a comunidade do Cuidado Consciente, composta por pessoas que também vivem o desafio de cuidar de um familiar próximo com Alzheimer, entre no link: https://guiadocuidado.com.br/comunidade/.
Usamos o próprio whatsapp para trocar experiências, práticas, sugestões, desabafar e contar com o apoio de cada um do grupo.
5 – Apoio Médico (Não consigo apoio de médicos ou equipe de saúde em quem confie)
Converse com o médico e equipe de saúde para entender sobre a doença, complicações e planejar o futuro.
Faça uma lista com as dúvidas para levar nas consultas.
Combine onde você deve procurar ajuda no caso de uma intercorrência.
Veja nesse link dicas de como reter mais informações passadas em uma consulta médica: https://www.instagram.com/p/CrnbLRkAYgo/.
6 – Ambiente de Cuidado (Médico, hospital, tele consulta e atendimento domiciliar)
O paciente com demência pode receber cuidados de saúde dos diferentes profissionais nos seguintes lugares:
1) No consultório: ideal para pacientes que não têm dificuldades para se locomover e que não apresentam intercorrências mais graves.
2) No hospital: local destinado para cirurgias ou problemas de saúde mais graves que vão precisar de exames e cuidados emergenciais.
3) Tele-consulta: Ideal para pacientes estáveis, sem déficit auditivo ou visual e para famílias com acesso à tecnologia. Pode ser um recurso valioso para reunir toda a família em um momento de decisões importantes e para orientar sobre a organização da rotina ou outros cuidados.
4) Atendimento domiciliar: ideal para pacientes acamados ou que apresentam muitas alterações de comportamento quando saem de casa.